Sunday, August 18, 2013

Dolores era uma menina criativa. Brincava de maneira solitária na sombra de um cajueiro de contar os passarinhos ao seu redor. As borboletas valiam uma dezena. Afinal, na outra tarde já seriam outras borboletas. Da maneira que riscava o chão, também riscava sua memória. Gravava o aroma do azedo do podre de um caju caído e enroscado numa rama lá do alto. Que triste era aquela situação. Como um fruto que podia ser dela ou de algum miquinho estava ali azedo. Servia às moscas. Ah, essas valiam centenas.

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