Monday, April 12, 2010

É muita coisa, não adormeço facilmente todos os dias, eu penso, e isso espanta sono. Também não canso, eu tenho pressa de viver, de andar, de lutar, de estudar, de amar.

Meu bem, talvez você possa compreender a minha solidão
O meu som, e a minha fúria e essa pressa de viver
E esse jeito de deixar sempre de lado a certeza
E arriscar tudo de novo com paixão.

Eu sou um menino beija flor que zarpa pelo céu vermelho a amanhecer, bitocando muitas flores para fazê-las abrocharem. mas isso dói, por pensarem ser efêmeras, mas por Deus, não são! O tempo para um beija flor é uma coisa muito rapida, pois ele vive pouco, pouquinho. O que pode parecer efêmero aos estrangeiros é muito tempo pra quem voa.

Várias coisas estão acontecendo comigo, recentemente, e sobretudo hoje. Não é coincidencia que todas inclinem a me dizer que estou com pressa demais, impulso demais. Mas minha sede não acabou, e não tô satisfeito bastante para cantar:

'ando devagar por que já tive pressa, levo esse sorriso por que já chorei demais'

Mas será que apressar é acelerar a morte?
o tempo é deus;
trás tudo e leva tudo o que quisermos

E ouvir isso foi um tapa.

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Preciso ter calma, e isso procuro entender há muito tempo. É há muito tempo pela sede e o pensamento, sentimento e prática de que as coisas não podem parar e que devo seguir estrada a longos passos. Mas vejo que atropelo, vejo que erro caminhos, que topo, que caio e que novamente levanto voo. Mas o voo mergulha mais aonde senão, o vazio?

Se hoje sou passarinho beija flor, posso me transformar.