Dói, quando a corda rói,
Cai, por que a leveza se esvai,
Jaz, que uma pessoa só não é capaz
de aguentar as quedas, as dores, uma pretensa paz
Gosto da saudade que fica na boca
Cheiro que a lembrança fisga a memória
Toque aquele que arrepia em recíproco
Cenas em penumbra que as fumaças formam nuvens
Momentos de céu azul, laranja, vermelho e negro
Saltos em planetas e estrelas cadentes
Órbitas tangentes por várias gravidades
Paixão agarrada e mordida nos dentes
Escavações no vínculo e cativar
Metáforas sem rimas de um amor que chove