Ocupações, greves ou passeatas são bons motivos para atrapalhar o cotidiano de qualquer 'cidadão de bem'. Desconhece-se (muito menos procura-se saber) o que está por trás dos tantos baderneiros que bravejam seus bons jargões.

Não é alguém, ou algum livro, que vai te explicar como é possível as transformações da sociedade. Experiências e vivências é que vão te garantir orgânicamente um aprendizado que é levado pra vida social, pra vida profissional, pra tudo. Jargões à parte, a maioria da população não conhece, ou reconhece o que todo movimento faz em seu cotidiano. Estou começando a me envolver, de verdade, e passo a observar que tudo aquilo que outrora dava descrédito, é coisa séria, têm bastante coisa feita, e muita coisa a fazer junto às comunidades, à formação, à luta (porque não usar os jargões? rs).

Nunca dei muito crédito à anarquismo, mas ultimamente venho fazendo uma prática deles que é bastante eficiente e produtiva. O "ocupar, resistir e produzir"! Parte da seguinte situação: certo equipamento, seja ele físico (uma sala, uma reitoria, uma casa vazia) ou social, está inerte, desocupado, incipiente de discussão ou produtividade para a população, bem, ocupemo-nos! Evidente que com a responsabilidade e o propósito de garantir respostas e melhoras à população em questões, que podem ser sua vizinhança, estudantes do seu curso, ou mesmo uma comunidade inteira. De longe, isso pode parecer difícil, precisa de muitas cabeças, de muitas pernas. De fato, são essenciais, e é uma coisa possível! No entanto, é evidente que os detentores do poder não querem nem saber desse papinho de ocupar pra transformar nada.

A tão alardeada ocupação da USP, e as mais recentes: da UERJ, e da UFS, traz vitórias e conquistas concretizadas e realizadas que são reconhecidas a nível nacional pelo movimento estudantil, mostra, afinal, que não é conversinha de doido, muito menos 'utopia'.

Todo apoio às ocupações!
Cá, alguns links das ocupaçõs citadas:
http://ocupacaoufs.blogspot.com/
http://uerjocupada.blogspot.com/