Thursday, April 05, 2007

O sol estava se pondo, com pouco brilho algumas estrelas começavam a aparecer, e Júlio ainda estava sentado na calçada, do lado de sua flauta quebrada que já tinha sido descartada, Júlio nem mais a olhava. Não sabia o que fazer, podia gritar, nem pensou nisso, sabia que não ia adiantar. Largado, descartado assim como sua flauta, Júlio começava a unir forças para se levantar, mas algo lhe tomava o corpo, estático, nem tinha pensamentos. Logo começou a sair daquele transe, estava numa rua movimentada, fim de tarde, um pequeno engarrafamento, mas ele se viu ali, sentado no meio fio, se precipitou, e lenvantou-se em dois tempos. Em pé, viu que não ficava em pé, estava tonto, zonzo, e com a súbita ação sua cabeça doia. Não sabia aonde ir, ao menos quem era, foi para o meio rua, e se deixou deitar.

2 comments:

Unknown said...

Olá,gostei do seu blog e do seu jeito narrativo de contar estorias.bjs!

Anonymous said...

Gente...todo mundo sempre morre no final.Então as minhas flautas são a dignidade e os amores.È meio que uma comparação com o que há de quebrado e largado na minha vida.
;* El